Lar Monte dos Burgos
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Auto de Natal 2013
Auto
de Natal 2013
Numa casa humilde da cidade residia uma família composta
pelos pais, dois filhos (a Maria e o António) e a avó materna (Dona Feliciana)
que após um acidente ficou condicionada a uma cadeira de rodas.
Viviam com parcos rendimentos muito em virtude da crise
que se sentia no País.
Por isso mesmo em véspera de Natal o casal tinha de ir
trabalhar e deixar os filhos aos cuidados da avó que embora inválida, estava
sempre atenta às brincadeiras dos netos.
Aquele rosto amargurado e marcado pelas rugas criadas
pela adversidade da vida, iluminou-se com uma ideia que se aflorou ao
pensamento. Chamou pelas crianças e comunicou-lhes a ideia de surpreender os
Pais com a feitura da consoada de Natal, pelo fato de chegarem tarde.
Logo a Maria replicou de não terem nada para fazer a
consoada.
O António informou de só haver 3 ovos e um pacote de
leite… a Maria revirando-se em procura de algo, descobre um pacote de farinha e
alguns pães secos. Sobre o lamento das crianças pelo pouco que tinham
encontrado a avó afirmou-se, dizendo que do pouco se poderia fazer muito se
pusessem a imaginação a trabalhar e fazer as coisas com amor. Pediu que lhe
chegassem as coisas os pães a água o açúcar e limão. Aos poucos, os aromas começaram
a libertar-se e as crianças surpreendem-se de como em pouco tempo a avó
realizou uma travessa de saborosas rabanadas. Ouve-se entretanto a voz
interrogativa de Maria querendo saber o que se poderia fazer com os ovos e o
leite. Ao que se junta também António a perguntar o que fazer com a farinha.
Como num passo de mágica a avó surpreende as crianças com uma travessa de leite-creme
feita com todo o empenho e carinho visto em tempos ser uma cozinheira de mão
cheia e que naquele dia perante as necessidades fizera renascer os seus dotes.
O entusiasmo da avó transpareceu para as crianças que
foram as gavetas levantar os melhores pratos uma toalha que avó tinha bordado e
de nada juntamente com coisas guardadas do ano transato se fizeram os mais
bonitos enfeites para a mesa de natal.
Já a horas tardias os pais chegaram, cansados e até com
um certo desanimo mas ao verem o ambiente de alegria amor e colaboração
existente em casa, ficaram radiantes. Foi só cozer as batatas e o bacalhau,
para completar a consoada, feita naquele ambiente de alegria amor e colaboração
entre todos.
È na adversidade e perante as dificuldades que devemos
ser fortes, unidos e solidários.
Certamente esta humilde consoada foi recheada de amor,
carinho e colaboração.
Foi um Natal inesquecível.
Já todos sentados à mesa, o pai liga a televisão e que
linda imagem do presépio de Belém está a transmitir a R.T.P. 1.
Todos se levantam entusiasmados e dizem:
Glória in excelsis Deo
Glória in excelsis Deo
A pedido da avó as crianças disseram um poema que tinham aprendido
na escola!
E então os dois filhos dizem um poema em frente à
televisão.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Resumo Histórico Lar Monte dos Burgos
Resumo Histórico Lar Monte dos Burgos
O lar Monte dos Burgos, localiza-se na rua Monte
dos Burgos nº 116 e pertence á freguesia de Paranhos, distrito do Porto. Este
foi criado a 20 de Abril em 1934 sob a designação de “Casa dos Pobres” por
iniciativa do Capitão José Mesquita, Comandante da P.S.P. (Policia de Segurança
Pública) do Porto, funcionando como anexo dos Serviços de Repressão de
Mendicidade da Policia de Segurança Pública, tendo como principal objectivo
tentar resolver o problema de mendicidade. No entanto, o número de pessoas que
recorriam a este serviço era superior á capacidade do mesmo. Assim nasce a
ideia da construção de uma casa para acolher mendigos, provisoriamente, pois
tentar-se-ia resolver caso a caso e a sua estada não deveria ultrapassar os 3
meses. Para tal iniciativa é lançado um apelo á cidade do Porto, que
generosamente acorre e em breve é levantado no Carvalhido um pavilhão com dois
pisos. Porém a carência de instituições começa a fazer-se sentir pelo número de
pessoas que necessitam de alojamento, e assim em 1940 pelo decreto-lei nº
30.389, publicado no Diário do Governo nº 92-I Série de 20 de Setembro, são
criados os Albergues de Mendicidade de Lisboa e Porto que ficaram na
dependência da P.S.P. da respectiva cidade e de um representante do Governo
Civil. No sentido de recolher alguns fundos para ajudar a suportar as despesas
e superar dificuldades, procurou-se angariar sócios, assim, em 1953, por
iniciativa da referida comissão, foi construído um pavilhão novo.
Em 1976, pelo decreto-lei nº 365/76 de 15 de
Maio, os Albergues Distritais de Mendicidade - art.1 são integrados, com todo o
seu património, no Ministério dos Assuntos Sociais, através do Instituto da
Família e Acção Social, mantendo, no entanto, a autonomia administrativa e
financeira. Por despacho de 31 de Maio de 1977 (D.R. II Série, nº 137 de 16 de
Junho de 1977, pág. 4217) são extintos os Albergues de Mendicidade do Porto e
Lisboa, transformando-o em estabelecimentos inominado, mantendo a autonomia administrativa
e financeira, sendo nomeada uma Comissão Administrativa, sob a presidência do
comandante da P.S.P. da respectiva cidade e um representante do Governo Civil,
que no prazo de 3 meses deveria dar parecer sobre a sua reconversão. Em
simultâneo procura-se angariar sócios cuja cota mínima é de 2$50, o Governo
Civil da uma comparticipação, assim como as Câmaras Municipais. A par destas
fontes de receita tem também uma percentagem das multas aplicadas pela P.S.P. e
outras entidades. A Comissão apresentou a seguinte proposta:
Internamento de pessoas com mais de 65 anos;
Internamento de pessoas com menos de 65 anos
considerados deficientes sem qualquer possibilidade de recuperação, quer física
quer social;
A médio prazo a criação de um Centro de
Dia e se possível a ajuda domiciliária
A
Comissão administrativa, em função a qual iniciou a remodelação do Lar Monte
dos Burgos, depois de ser elaborado um estudo prévio a um projecto geral de
obras, pela construção de uma lavandaria e uma nova fase de obras a saber:
Remodelação
da actual cozinha, refeitórios e sala da T.O
Remodelação
de todo o sector de saúde, que será composto por:
Posto
Médico, enfermaria de senhoras com 50 camas e enfermaria de homens com a mesma
lotação;
Lar
de Senhoras;
Lar
de Homens;
Construção
de Casas de Casais;
Instalações
destinadas ao centro de Dia com a seguinte composição:
Zona
de estar e convívio;
Zonas
de banhos;
Cabeleireiro;
Barbearia;
Gabinete
de Serviço Social;
Como
se pode depreender, as verbas para as despesas eram exíguas e vivia-se com
extremas dificuldades. O pessoal que prestava serviços eram elementos da P.S.P.
destacados para o efeito, mas apesar da boa vontade, a assistência era precária
a todos os níveis.
Contudo,
em 1978 o edifício foi oficializado, adquirindo o nome actual de “ Lar Monte
dos Burgos”, por despacho de 17 de Julho (D.R. II Série nº 197 de 28 de Agosto
de 1978, pág. 5243) apesar de os Albergues terem sido extintos por despacho
Notarial de 31/05/77. Surgem então problemas de arranjar instalações para
pessoas que a princípio aqui deveriam permanecer apenas 3 meses e cujo
internamento acaba por ser definitivo para a maioria dos casos. São então
construídos mais 3 pavilhões destinados a dormitórios, um pavilhão para instalação
da cozinha, refeitório e na parte superior uma enfermaria para homens com
lotação de 18 camas, é aproveitado um pavilhão anteriormente destinado a
doentes pulmonares e ai foram internadas as senhoras.
Através
da portaria nº 138/82 de 30 de Janeiro, o Lar Monte dos Burgos é integrado
orgânica e funcionalmente no Centro Regional de Segurança Social do Porto. Pelo
decreto-lei nº 260/93 de 23 de Julho, é criado o Centro Regional de Segurança
Social do Norte, no qual é integrado.
O
Lar terá então capacidade para acolher 340 pessoas de ambos os sexos.
Finalmente em Maio de 2000
foi elaborado um acordo de gestão, passando a instituição a funcionar em regime
semi-particular.
O
Lar do Monte dos Burgos é um estabelecimento de utilidade pública sem fins
lucrativos, propriedade do Centro Distrital do Porto organismo do Instituto da
Segurança Social I.P., do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, que se
encontra sob a Gestão do CCD – Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores
do Centro Regional da Segurança Social do Porto, ao abrigo do Acordo de Gestão
celebrado em 20 de Abril de 2000, entre este Centro Distrital e a Instituição
supra citada.
A
Resposta de Lar de Idosos de Monte dos Burgos, visa proporcionar alojamento
colectivo, de utilização temporária ou permanente e prestação de serviços
maioritariamente a pessoas idosas de 65 e mais anos, do género masculino e
feminino, que se encontram em situação de maior risco de perda de independência
e/ou autonomia, com perfis diferenciados de carência social, económica e
física.
O
Lar de Idosos prevê ainda o acolhimento de pessoas com idade inferior a 65
anos, em condições excepcionais de fragilidade social e económica. Neste
sentido, dadas as necessidades da população alvo e os contornos sócio-estruturais
emergentes na área da terceira idade, pressupõe-se o desenvolvimento de
projectos que apontem para uma melhor adequação e optimização dos mesmos, no
sentido de colmatar algumas lacunas em termos de serviços e respostas sociais.
A estrutura residencial (Lar
de Idosos), assegura numa abordagem holística e integrada na sua concepção,
organização e prestação de serviços de acolhimento. Assim sendo, a estrutura
para idosos deverá sustenta-se em princípios que garantam um envelhecimento
activo e saudável, viabilizando uma vida mais duradoura e com mais qualidade. A
dinamização e estimulação da população alvo, surge como potencial da dimensão
biopsicosocial. Assim, o equipamento enquadrar-se no modelo de estrutura
residencial para idosos com uma capacidade para 120 clientes. Em termos
metodológicos, a equipa multidisciplinar do equipamento, constituída por
técnicos de Serviço Social, técnicos de Saúde (Médicos Cínica Geral, Médico
psiquiatra, Enfermeiros, Nutricionista), Psicóloga, Animação Sociocultural e
Terapia Ocupacional, desenvolve um estudo/diagnóstico dos candidatos a integrar
na resposta social, com o objectivo de em conjunto, lhes proporcionar uma
melhor integração e adaptação nas diversificadas dimensões da vida quotidiana
do Lar, conseguindo assim, uma optimização na prestação dos serviços, ajustados
às necessidades individuais de cada idoso residente. Trata-se de um processo
contínuo, sempre com um olhar atento às novas necessidades, motivações e
interesses do utente. É portanto, preocupação da equipa, incentivar a população
residente a participar de forma activa na vida da comunidade, recorrendo a
actividades lúdicas, culturais, desportivas e sociais, perspectivando desta
forma a promoção da sua cidadania.
O
Lar Monte dos Burgos, dada a sua estrutura e tendo em conta a sua dimensão,
exige incondicionalmente uma equipa técnica muito completa, visando o
desenvolvimento de um trabalho de grande utilidade, tentando de forma dinâmica
evoluir no âmbito das problemáticas inerentes à população alvo especialmente
carenciada quer do ponto de vista social quer económico, nas suas
diversificadas vertentes, sendo detentores ainda de um plano de actividades
organizado, e estruturado de acordo com as necessidades e motivações dos
utentes. Referindo a missão porque se cumpre:
O
equipamento “Lar do Monte dos Burgos” sob gestão do C.C.D., visa proporcionar
alojamento colectivo e prestação de serviços maioritariamente a pessoas idosas
com perfis diferenciados de carência social, económica e física. Tendo como
finalidade, proporcionar aos utentes os bens e serviços que lhe permitam o
desenvolvimento normal do seu processo de envelhecimento, pelo que, os
objectivos específicos versam sobre o seguinte:
Responder
às necessidades básicas individuais (alojamento, alimentação, higiene, conforto
e saúde);
Respeitar
o direito à cidadania, à independência, individualidade e privacidade dos
residentes;
Proporcionar
o equilíbrio biopsicossocial do Idoso;
Proporcionar
actividades que promovam a auto-estima e a actividade física da Pessoa Idosa,
contribuindo assim para o retardamento do processo de envelhecimento, reforço
da sua capacidade autónoma para a organização das actividades da vida diária;
Evitar
o isolamento do residente, preservando e reactivando os laços familiares, assim
como com a comunidade em geral, através de actividades de convívio e outras
iniciativas;
Proporcionar
ao residente formas adequadas de ajuda técnica, física e psíquica, que não
possam ser dadas pela família, garantindo um clima de segurança e confiança no
sentido de assegurar a sua estabilidade afectiva, física e psíquica;
Respeitar
a privacidade, a autonomia, a participação, a confidencialidade, a dignidade,
as diferenças de género, socio-económicas, religiosas, culturais e sexuais, dos
residentes e dos seus próximos quer pares quer familiares;
Estabelecer com o cliente e
seus significativos uma relação de parceria a fim de aferir quanto ao seu
projecto de vida/plano de desenvolvimento individual com base nas suas
necessidades, expectativas, capacidades e competências numa relação de
co-responsabilidade que potencie o envolvimento destes com o estabelecimento,
promovendo assim, a optimização dos serviços prestados;
Garantir
uma relação entre colaboradores/clientes, pautada por princípios de ética
rigor, qualidade e profissionalismo e respeito pelos direitos e deveres de
todos os intervenientes no contexto residencial;
Garantir
a participação do cliente na gestão da estrutura residencial, criando práticas
de planeamento, monitorização e avaliação das actividades em parceria com o
mesmo, favorecendo o garante de condições para a expressão livre dos seus
sentimentos e opiniões;
Prestar
apoio temporário a pessoas com menos de 65 anos, em situação de emergência
social;
O actual Lar do Monte dos
Burgos, dado o seu perfil e dimensão, exige um quadro funcional coincidente, de
forma a proporcionar uma operacionalidade condigna às necessidades dos seus
utentes e funcionários. Ora, sendo a gestão de pessoal responsável por uma
gerência organizacional bem sucedida, o pessoal envolvido nas diferenciadas e
múltiplas áreas funcionais, é visto como um recurso fundamental, devendo por
isso ser potencializado ao máximo, dado se tratar do primeiro recurso
estratégico da Organização. Neste contexto, os colaboradores da Estrutura
Residencial deverão ser também alvo de uma gestão concertada, que envolve
planeamento, organização, direcção e controlo das múltiplas funções e actividades.
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